sábado, 31 de julho de 2010

Soneto da Desilusão

''Pra que sorrir, oh! vida ingrata?
Se tudo, em nós, se apequena.
Trabalhas sempre, e pra sempre penas;
se algo entra, outro empata.

Fazer-me-ia um homem melhor
se pudesses tu me agigantar.
Pois se pra sorrir, há dantes chorar
e não aguento, me sinto pior.

Mesmo quando mais inconsolável for,
prometa-me carinho jamais dado.
Permita-me que morra de amor.

Pois sabes o quão castigado estou,
outorgado do prazer que me foi confiado.
Flagelo de vida! Em baixa, me vou''


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